Este post é uma continuação da saga do dia de ontem. Na verdade, foi logo na sequência que tudo aconteceu.
No caminho para casa, sem saber se haveria energia elétrica, já sugeri jantarmos na padaria, pois nem imaginava o que fazer para o jantar. Meu filho, receoso em perder o jogo do time do coração, foi logo dizendo:
“_ Que nada mamãe. Vamos para casa. Você sempre acha alguma coisinha lá no fundo da geladeira e ataca de Macgyver!”
Por sorte, já tinhamos luz no prédio. Fui logo colocando uma panela no fogo para cozinhar quinoa. Alguma coisa teria que dar para esta criança comer.
Ao sair do banho, meu filho pergunta:
“_ Mãe, então, qual vai ser o jantar?”
“_ Ainda não sei, meu filho. Estou cozinhando quinoa. Acho que uma salada. Está calor.”
“_ Posso fazer?”
“_ O quê?”
“_ A salada.”
“_ Pode me ajudar. Vem…”
“_ Não. Posso fazer sozinho? Você tá cansada. Pelo menos parece… Do que vai ser? Me fala que eu faço.”
Nesta hora senti um filme passando na minha frente. Piegas? Pode ser, mas senti um aperto no coração. Senti que a vida estava, sim, fugindo do meu controle, passando num segundo e que se não fosse para vivê-la no todo de nada valeria…
Arrumei a tábua para picar, peguei a faca certa e lhe disse:
“_ Eu ia mesmo atacar de Macgyver, meu filho. O que eu encontrasse na geladeira eu ia colocar na salada…”
“_ E eu posso?”
“_ Pode. Estou aqui, se precisar. Hoje eu sou tua ajudante. Vou ficar só observando!”
Neste post aqui eu falo como percebi o quanto me parecia com a minha mãe enquanto cozinhava. Será a genética ou o aprendizado? Bem, vi a mesma situação com meu filho. Ele abriu a geladeira e foi pegando tudo o que estava lá e que poderia servir para a sua salada, sem seguir muito a receita ou algum padrão. Só se lembrando como a mamãe faz…
“_ Posso usar este grão de bico? E os tomates? Os dois tipos? A salsinha nem precisa cortar, né? Vou rasgar igual você faz…”
E naturalmente ele foi montando o prato e a mãe desabando a chorar.
“_ Mãe, cê tá chorando? Ficou emocionada? Quem tem que chorar sou eu que estou cortando a cebolinha!!!”
Salada do Pedrinho (Serve 4 como acompanhamento)
Ingredientes:
1/2 xícara de mix de quinoa branca, preta e vermelha
200gr de grão de bico cozido
1 pepino japonês cortado em cubinhos
150gr de tomates sweet grape vermelhos, cortados ao meio
150gr de tomates sweet grape amarelos, cortados ao meio
1 bulbo de erva doce pequeno, cortada em cubinhos
3 ramos de endro ou dill, picados grosseiramente
1/4 de xícara de folhas de salsa, picadas grosseiramente
1 talo de cebolinha verde, fatiada
Azeite extra virgem, sal e pimenta do reino preta a gosto
suco de 1 limão siciliano
Modo de Preparo:
Cozinhar a quinoa com água e sal até que comece a “estourar”. Escorrer e deixar esfriar.
Em uma tigela misturar todos os ingredientes. Preparar uma vinagrete com o azeite, suco de limão, sal e pimenta. Regar sobre a salada e misturar bem. Servir fria
DICAS:
- Sempre que faço este tipo de salada estilo grega, sirvo com um molho de iogurte. Misture 1 copo de iogurte natural não adoçado com 1 colher de sopa de azeite extra virgem, 1/2 colher de chá de sal, pimenta do reino e umas gotinhas de limão.
- Para acompanhar a salada servi umas deliciosas kaftas de cordeiro, mas esta receita fica para outro post!
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Parabéns Pê… é mesmo de chorar de emoção ver um filho nos imitando em pequenos gestos.
Beijinhos pros dois!!! :*
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Querida Rachel, muita emoção. Ainda mais vendo que estamos ensinando direitinho. Corujas? Quase nada!!! 😉
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Tá vendo porque sou fã confessa desse molequinho? Olhas os dedinhos do danadinho
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Querida, você repara em cada detalhe!!
Mas é de ficar orgulhosa, mesmo! 🙂
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Você esta de parabéns – seu querubim é nota 10 e fiquei encantada ao em conhecer a figura. 😉 quanto a salada e a descrição de como a receita foi executada fiquei sem palavras.
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Eliana, ele é muito fofo, mesmo. Nós mães sabemos criar bem nossos rebentos, né?
Beijos
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